Como Foi Construído o Coliseu de Roma?
CULTURA & HISTÓRIACOMO É FEITO?














O passar dos séculos não foi gentil com o anfiteatro. Terremotos, pilhagens e o desgaste natural contribuíram para minar sua integridade. Entretanto, apesar de todos os porém, o Coliseu resistiu as adversidades relativamente bem e é um dos monumentos mais visitados do planeta. Sua conservação é de caráter continuo e várias iniciativas estão em andamento para preservar ao máximo suas características originais.
Hoje, embora o coliseu não seja mais palco de batalhas épicas, seu legado vive em cada pedra, em cada arco, evocando a grandiosidade do passado e serve como um lembrete da necessidade de preservarmos sua história e seu valor cultural.
Fontes:
Imagem 1: Maquete do Coliseu. Fotógrafo: Jean-Pierre Dalbéra. Licença: Creative Commons Attribution 2.0. Link para a imagem: Maquette du Colisée
Imagem 2: Plano de Roma com o Coliseu. Autor desconhecido. Licença: Domínio público. Link para a imagem: Roma Plan
Imagem 3: Amostra da Fachada em Travertino do Coliseu. Autor: Julian Herzog. Licença: Creative Commons Attribution 4.0 International license.. Link para a imagem: Travertine Facade Sample
Imagem 4: Fotografia do Coliseu em Outubro de 2023. Fotógrafo: Paolo Villa. Licença: Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International. Link para a imagem: Colosseum, Rome
Imagem 5: Fotografia Panorâmica do Interior do Coliseu. Autor: The Photographer. Licença: Creative Commons Attribution-Share Alike 4.0 International license.. Link para a imagem: Panoramic photograph of interior of Colosseum
Imagem 6: Secção do Anfiteatro Flaviano. Autor: Charles Herbert Moore. Licença: Domínio Público. Link para a imagem: Secção do Anfiteatro Flaviano
Imagem 7 e capa: Coliseu em Roma, Itália - Abril de 2007. Autor: Diliff. Licença: Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic license.. Link para a imagem: Colosseum in Rome.
Os Materiais Utilizados
Construir o Coliseu exigiu uma variedade impressionante de materiais. O travertino, uma pedra calcária extraída de pedreiras em Tivoli, foi fundamental. O transporte dessas enormes pedras representava um desafio logístico complexo, que exigia carroças puxadas por animais e até rotas fluviais para mover cada bloco. Além disso, o tijolo e o concreto romano — uma mistura engenhosa de cal, cinzas vulcânicas e pedras — foram amplamente utilizados. Graças ao concreto, grandes arcadas e abóbadas emergiram, permitindo que a grandiosidade da estrutura se erguesse, tanto resistente quanto flexível. Já em seu exterior, estátuas esculpidas em mármore e outros matérias de alto valor adornavam o ambiente. Entretanto com o passar do tempo as mesmas foram objeto de saques, sem posteriormente retornarem ao seu lugar de origem.
Os engenheiros romanos também inovaram com relação as técnicas aplicadas em sua construção, tais como o uso de arcos e abóbadas, que não apenas garantiam a resistência da estrutura, mas também contribuíam para a estética do anfiteatro.
O Design Estrutural
O Coliseu mede 189 metros de comprimento, 156 metros de largura e 48 metros de altura. Dividido em quatro pavimentos, cada um projetado para diferentes classes sociais. A arena contava com um piso de madeira coberto por areia, ocultando sob ele os hipogeus, uma intrincada rede de túneis e câmaras, onde muitas deles abrigavam animais selvagens, gladiadores e cenários de espetáculos, tudo em prol de agradar os expectadores e pessoas de poder que iam assistir os combates.
As arquibancadas, magistralmente projetadas, garantiam que cada espectador tivesse uma visão privilegiada da arena. A distribuição equilibrada de escadas e corredores permitiam que as multidões se locomovessem sem muitas dificuldades. Tal proeza de engenharia inspirou muitos layouts de estádios de nosso tempo recente. Outro ponto arquitetônico bem projetado foi a inclusão de uma cobertura removível visando a proteger os espectadores do sol intenso, muitas vezes presente durante os espetáculos.
O Processo de Construção
A força de trabalho predominantemente utilizada era composta por escravos e prisioneiros de guerra, muitos trazidos das campanhas militares romanas. Sob a supervisão de engenheiros e arquitetos, esses trabalhadores enfrentaram cada fase da construção. Inovações como um sofisticado sistema de arcos e colunas não apenas sustentaram a estrutura, mas também criaram uma estética que desafiava o tempo. As colunas, adornadas em ordens clássicas — dóricas, jônicas e coríntias — elevaram a grandiosidade do edifício a novas alturas.
Após a conclusão, uma celebração de 100 dias de jogos foi realizada. Milhares de gladiadores e feras foram sacrificados em prol do espetáculo. Uma observação relevante a se fazer sobre estes espetáculos que que eles não eram apenas entretenimento, mas também uma ferramenta de controle social, onde a elite romana reafirmava seu poder e influência sobre as massas.
O Coliseu nos Dias de Hoje
Ah, o Coliseu de Roma! Um ícone da arquitetura antiga que atrai admiração de muitas pessoas por todo o globo até os dias atuais. Sua construção foi iniciada em 70 d.C. sob o imperador Vespasiano e finalizada em 80 d.C. por seu filho Tito. Conhecido originalmente como Anfiteatro Flaviano, esse gigantesco espaço tinha capacidade de receber mais de 50.000 espectadores ansiosos por combates de gladiadores, caça de feras e até simulações de batalhas navais.
O Planejamento e a Localização
A escolha do local não foi por acaso. O Coliseu ergueu-se no coração de Roma, onde antes existia o lago artificial da exuberante Casa Dourada de Nero. Vespasiano, que desejava devolver este espaço ao público, transformou este em um símbolo de poder e entretenimento. Deste modo, ao ser construído próximo ao Fórum Romano, o anfiteatro se tornou um monumento a atura da capital romana e reflexo da importância da dinastia Flaviana. Em razão de seu acesso fácil acesso e com a participação ativa da população, o Coliseu rapidamente se tornou o centro da vida pública romana.